Sempre tão longe de ti... Percorri as noites mais escuras em gélidos percursos, onde fui consumindo
todas as sombras, ficando sem luz para
colorir o mais leve suspiro. O tempo ficou num amontoado de folhas caídas escondendo os dias, e os sonhos foram mutilados na impenetrável vertigem da insónia.
Sempre tão longe de ti... Deixa agora que traga para dentro de mim a tua sombra e o aroma que amanhecia nos nossos corpos. Deixa que venha repousar em ti, no ventre do amor, tudo o que um dia prometemos ao infinito, de onde nunca haverá regresso.
albino santos
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