sábado, 13 de abril de 2013

EXILIO


                                                       Talvez haja um deserto que se esconde
                                                invariavelmente dentro de mim,
                                                onde habitam os sonhos perdidos,
                                                agarrados às raízes dos cardos
                                                e umas mãos onde as caricias se perdem
                                                em incomensuráveis areias
                                                rendidas à beleza do sol
                                                na sedução do amanhecer.
                                                Assim, cada hora se torna mais emudecida.
                                                Nenhum rumor me trás o teu nome.
                                                Apenas o zumbido do vento
                                                esmaga os dias contra os ténues sinais
                                                do teu corpo ausente…




albino santos
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10 comentários:

  1. Um deserto de sonhos perdidos... um corpo ausente... sede...

    Beijos.

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  2. Nesse deserto que habita em nós, há o silêncio da meditação,as pegadas de uma ausência, a tristeza da saudade....
    Fantàsticamente belo ,saudoso mas sempre profundo e envolvente.

    Parabéns, pois suplantas-te sempre.

    Bom domingo com luz em teu coração.

    Bjgrande do lago

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  3. Dolorosa ausência...

    MUITO BELO Al !!!

    O meu beijo,
    Margusta

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  4. Todos carregamos um deserto dentro do peito.
    Muito bonito o poema, comovente.
    Abçs

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  5. ...mas é só um talvez!
    E quem diz que o deserto não é também um encantador jardim de areias de fogo que tudo purifica e faz renascer?
    Quem diz que os olhos do vento não escondem as mãos que “procuras”?
    Não contes os dias. Embala-te na música do sol!

    Cada vez surpreendes mais!
    Beijo

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  6. tão lindo, tão triste, tão só...
    versos quentes e fugidios
    tal qual a areia
    que como um nome
    se esvai no vento.
    lindo Albino, lindo,
    bjs

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  7. Invariavelmente, construimos muralhas de silêncio e solidão, agarradas - como dizes- " às raizes dos cardos", e vivemos, por vezes, tão perdidos, julgando-nos um deserto onde só vivem sonhos e memórias.
    Belíssimo!

    Um beijinho, Albino.

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  8. ...No deserto, um Oásis de palavras...
    Bjs dos Alpes

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  9. No meio do deserto, onde o vento abrasador faz ondular a areia, um oásis de frescura se mostra em toda a sua plenitude: Pode até ser apenas uma miragem...Mas de uma beleza impar. Deleita-te na singeleza fresca de um amanhecer no deserto, que o silencio cálido penetre fundo a alma do poeta e quebre as cadeias deste exilio.
    Beijo de luar perdido

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  10. ... um poema que canta a saudade do pensamento. Nos desertos existem oásis... Sente-os...
    Um abraço de bom feriado

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