Se de amor me falasses,
um dia…abstractamente
como um leve rumor
ao som de uma serenata!
Mas fala-me somente
de amor,
quando a noite deixar ver
claramente
o sítio onde o teu corpo
se refracta.
Se de amor me falasses,
do amor ardente,
que às vezes se perdia
em ti… tão abstracta.
Na carícia fugidia
e tão surpreendente
que trazes nessa boca
irreverente,
onde a paixão é sempre mais exata!
Se de amor me falasses
nesta noite incandescente
e tão ingrata!
Do amor que se sente
e tantas vezes se mata.
Da loucura de um beijo
no teu corpo cor de prata,
onde o amor e o desejo
tantas vezes se retrata!
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