A
noite desce
soltando na tua sombra o perfume
de um poema.
Olho-te. Deixo que a luz vacilante do meu olhar
transborde a sombra que te despe.
Se entendesses o apelo dos meus olhos
e esboçasses responder-lhes,
que de ti eu saberia?
Que fulgor prolongaria em ti a minha presença?
Que afagos iriam florescer solitários
em nossas mãos?
O teu silêncio exalta-me,
incorpora em ti o que o meu deleite
foi acrescentando.
Cerro os olhos.
Por dentro das pálpebras ainda existe
uma claridade baça onde prolongo o tempo
para te poder respirar no perfume do poema.
soltando na tua sombra o perfume
de um poema.
Olho-te. Deixo que a luz vacilante do meu olhar
transborde a sombra que te despe.
Se entendesses o apelo dos meus olhos
e esboçasses responder-lhes,
que de ti eu saberia?
Que fulgor prolongaria em ti a minha presença?
Que afagos iriam florescer solitários
em nossas mãos?
O teu silêncio exalta-me,
incorpora em ti o que o meu deleite
foi acrescentando.
Cerro os olhos.
Por dentro das pálpebras ainda existe
uma claridade baça onde prolongo o tempo
para te poder respirar no perfume do poema.
albino santos
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