É quando as
pálpebras se cerram
e as mãos se abrem
em flor à madrugada,
que penetramos na
espessura da noite
onde gravitam os
teus e meus desejos.
Mas diz-me…
Porque te escondes
na penumbra dos sonhos
para que não possa
ver-te?
Porque te queimam
os lábios, a pele, o corpo,
quando sentes no
odor nocturno
o doce veneno que
nos alimenta?
Vem! Matemos esta sede orgástica
que nos atormenta
quando a
transparência se turva,
ilimitadamente,
de desejo e prazer…
Diz-me uma palavra,
apenas uma palavra
e serei o pecado. O
doce pecado
que arde em nossos
corpos sonâmbulos de sede…
albino santos
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