sinto-me como se me tivessem amputado
os nervos e a alma.
Nenhum vento me trás o cio do mundo,
a vertigem, o rumor da noite.
Fazes-me tanta falta nos meus delírios.
Nenhum vento me trás o cio do mundo,
a vertigem, o rumor da noite.
Fazes-me tanta falta nos meus delírios.
Ainda assim, vejo-te sorrir,
mas não sei o que quero de ti,
a não ser para me confundir com o nada
mas não sei o que quero de ti,
a não ser para me confundir com o nada
quando quero tudo!
Apesar de te sentir inatingível,
prescruto o silêncio dentro de nós
Apesar de te sentir inatingível,
prescruto o silêncio dentro de nós
e sinto o mundo a desabar-se.
Olho para trás e sopro nas cinzas
dos dias esquecidos, tentando ainda encontrar
um esboço de sorriso, um fragmento de voz,
a alquimia de um aroma a extinguir-se,
um beijo inacabado,
Olho para trás e sopro nas cinzas
dos dias esquecidos, tentando ainda encontrar
um esboço de sorriso, um fragmento de voz,
a alquimia de um aroma a extinguir-se,
um beijo inacabado,
uma caricia morna para te oferecer…
mas tudo tem uma definição imprecisa,
como se um rumor surdo e implacável
mas tudo tem uma definição imprecisa,
como se um rumor surdo e implacável
impedisse de me alimentar com a tua existência .
Inesperadamente, no meu rosto fechado,
abre-se um sorriso delirante.
Inesperadamente, no meu rosto fechado,
abre-se um sorriso delirante.
Passas como um relâmpago
em luminoso sobressalto acordando os dias,
em luminoso sobressalto acordando os dias,
a agitação, o delírio.
Reacendem-se as cinzas.
Reacendem-se as cinzas.
O teu olhar volta a ser luz na clareira
onde sempre incendiamos os nossos sonhos,
espalhando reflexos pela noite fora.
Sempre ardemos no mesmo lume,
nem que seja na breve vertigem de um relâmpago!
albino santos
*Reservados Todos os Direitos de Autor
espalhando reflexos pela noite fora.
Sempre ardemos no mesmo lume,
nem que seja na breve vertigem de um relâmpago!
albino santos
*Reservados Todos os Direitos de Autor