Suspiro-te num sussurro.
Dulcíssima melodia
submersa no sabor de um beijo
sugado nos teus lábios.
Profano e imprudente,
suspiro-te na alucinação
que m´embala e m´enlouquece
ao desvendar do teu corpo
aberto à luz e à minha sede.
Nada é inacessível
no teu corpo ondulante.
As bocas nutrem o sabor
do fruto perfeito,
os vocábulos despem-se de pudores
e disseminam em uníssono
as sílabas nuas das palavras.
Assim te desvendo,
numa indefinível volúpia
de veemências suaves
e sabores secretos,
na vertigem intensa de um suspiro.
albino santos
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