Na solidão do teu quarto
esperas que um incêndio ilumine a noite
e rompa os muros que o silêncio
fez crescer à tua volta.
Mas o desejo despe-te, com a solidão dos seus dedos,
alucinando a noite,
onde ainda hoje ressoam os meus passos.
Chega-me perto.
Fecha nos olhos o desassossego que se assoma
na minha boca,
enlaça a minha voz no silêncio da tua.
Quero ouvir a saudade que se apaga à minha chegada.
albino santos
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