A noite trocou-me os sonhos, as mãos,
confundiu-me os sentidos.
Deambulo pelo caminho estreito dos teus desejos,
como quem conhece a vereda de cor,
como quem sabe onde chegar nesta busca.
Sinto-te o inconfundível perfume selvagem,
como um leve frescor de aragem
que me toca a boca fluindo um sorriso,
como se o mundo começasse
e a minha vida renascesse
nesse ingénuo sopro.
Persigo o rasto do teu voo aleatório de borboleta
que acaba de desfraldar as asas.
Não! Não quero aprisionar-te.
Quero apenas admirar a beleza das tuas cores,
deslumbrar-me com a sensualidade dos teus gestos
e deixar-me ficar preso ao nada que nos une…
albino santos
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