Como sílaba incendiada no feno
és um rasgão de prata
no rumor vegetal das searas.
Inventas os gestos
nas vagarosas sombras
onde o desejo se instala.
Propagas o derrame
da íntima linguagem do amor
e no sedutor resvalar das brisas.
Desfazes a orografia das palavras
na precária eternidade da luz.
És libertina mariposa
na ondulante seara dos poetas
incendiando o poema!
albino santos
*Reservados Todos os Direitos de Autor
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