Quando no entardecer da vida
a cinza nos invade o olhar
e os lábios não têm
onde pousar a sede de um beijo
sem destino,
penetramos na mais densa escuridão
e toda a luz nos pertence.
Eternizamos o sono
e a memória insone é agora
onde sacralizamos os deuses.
Nesses incandescentes momentos,
onde a paixão e o desejo se conjugam,
pedimos ao tempo que espere por nós,
porque amar é muito mais que existir
quando nos partilhamos em lume vivo.
A eternidade só não chega!...
albino santos
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Olá querido poeta amar, amar para além da eternidade...um poema maravilhoso e(tão teu) que amei demais. Bom fim de semana e beijos com carinho
ResponderEliminarTempo, eternidade e o lume fátuo que se pensa que nos preenche quando todos os lábios nos sorriem, e todas as sedes se matam com a mais maravilhosa dádiva sem promessa de retorno: o Amor. Mas para acordar desta realidade tão genuinamente humana, eis que algo atinge o que está gravado no inconsciente coletivo. Nada preenche o que está destinado a beijar a luz do sol.
ResponderEliminarEnorme poema, Albino
Beijo!
É no entardecer da vida que a paixão conhece a palavra amor, pois o sentimento apesar de manter seu fulgor é mais comedido, mais sólido, mais ponderado e os momentos loucos embora aconteçam aparecem no momento certo...Aí sim desejamos o amor para lá da eternidade.
ResponderEliminarUma maravilha. Sempre muito bom ler-te. São deslumbrantes partilhas que nos ofereces.
Com amizade
Bjgrande do lago
O Amor só pode ser para lá da eternidade, querido AL, ou não é amor. Ainda que o tempo apresse os afectos, arraste os amores breves e fugazes, e parece que corre contra os amantes. É ele que dá forma, volume, fogo, brilho, intensidade ao verdadeiro AMOR. Fabuloso poema, como sempre.
ResponderEliminarBeijo de luar prateado
Lume vivo é a tua poesia,
ResponderEliminarela reluz no tempo que nem mais tempo é.
É vento que nos sussurra estes versos
onde o tempo não é.
bjssssssssss