sinto-me como se me tivessem amputado
os nervos e a alma.
Nenhum vento me trás o cio do mundo,
a vertigem, o rumor da noite.
Fazes-me tanta falta nos meus delírios.
Nenhum vento me trás o cio do mundo,
a vertigem, o rumor da noite.
Fazes-me tanta falta nos meus delírios.
Ainda assim, vejo-te sorrir,
mas não sei o que quero de ti,
a não ser para me confundir com o nada
mas não sei o que quero de ti,
a não ser para me confundir com o nada
quando quero tudo!
Apesar de te sentir inatingível,
prescruto o silêncio dentro de nós
Apesar de te sentir inatingível,
prescruto o silêncio dentro de nós
e sinto o mundo a desabar-se.
Olho para trás e sopro nas cinzas
dos dias esquecidos, tentando ainda encontrar
um esboço de sorriso, um fragmento de voz,
a alquimia de um aroma a extinguir-se,
um beijo inacabado,
Olho para trás e sopro nas cinzas
dos dias esquecidos, tentando ainda encontrar
um esboço de sorriso, um fragmento de voz,
a alquimia de um aroma a extinguir-se,
um beijo inacabado,
uma caricia morna para te oferecer…
mas tudo tem uma definição imprecisa,
como se um rumor surdo e implacável
mas tudo tem uma definição imprecisa,
como se um rumor surdo e implacável
impedisse de me alimentar com a tua existência .
Inesperadamente, no meu rosto fechado,
abre-se um sorriso delirante.
Inesperadamente, no meu rosto fechado,
abre-se um sorriso delirante.
Passas como um relâmpago
em luminoso sobressalto acordando os dias,
em luminoso sobressalto acordando os dias,
a agitação, o delírio.
Reacendem-se as cinzas.
Reacendem-se as cinzas.
O teu olhar volta a ser luz na clareira
onde sempre incendiamos os nossos sonhos,
espalhando reflexos pela noite fora.
Sempre ardemos no mesmo lume,
nem que seja na breve vertigem de um relâmpago!
albino santos
*Reservados Todos os Direitos de Autor
espalhando reflexos pela noite fora.
Sempre ardemos no mesmo lume,
nem que seja na breve vertigem de um relâmpago!
albino santos
*Reservados Todos os Direitos de Autor
No cume dos dias e nas vertigens das noites, há sonhos que despertam para realidades inesperadas. Nem o sol nem a lua pormetem aclarar os dias ora infindáveis no torvelinho dos ponteiros esquecidos ora ágeis nos rios que correm no deleite calmo das tardes. E a vida, ou nos oferece o sal da vida ou o pólen no mel de que desconfiamos. Assim, corramos ao ritmo dos ponteiros, sem hora para medir o tempo que falta mas só o tempo que temos. E cada dia será igual a cada dia e diferente dos outros. Porque nada se repete. O lume está no relâmpago vivo que nos acordará sempre que abrimos os olhos em cada amanhecer. Aí, sempre haverá um "amor com alma de pássaro"! E Voa!
ResponderEliminarBeijinho, AL!
Todos na vida temos momentos de profundo desencontro connosco. A vontade da vida esvai-se, a tristeza e ansiedade apoderam-se de uma maneira tal do nosso corpo,que tudo deixa de fazer sentido.
ResponderEliminarNo entanto há também sempre a tal luz mesmo ténue que nos toca e nos leva para o mundo do sonho que por vezes se torna na mais perfeita realidade. Belo como sempre. Escreves divinamente.
Que a semana continue a correr pelo melhor e o ânimo regresse ao teu âmago.
Bjgrande do Lago
Por vezes a vida nos faz sentir um grande vazio. E o que resta nesses momentos são os delírios. O que pode ser tambem, sinal de ressuscitação.
ResponderEliminarVersos profundos como sempre...
Grande beijo, AL.
Na breve vertigem de um relâmpago, a poesia reacende
ResponderEliminartoda a chama, toda paixão!
Assim é a tua poesia querido AL.
Grande beijo,
Esse mesmo vazio grita por novos afloramentos da alma.
ResponderEliminar.
Bjo de luz
bom dia, Alll!
Como te entendo..... Quando o mundo parece desabar mesmo em cima de nos..... Mas a lei da vida e levantar e seguir em frente.... Temos de aproveitar o tempo e ser felizes.....
ResponderEliminarBeijo
Saudade.....
É das cinzas que renasce a fénix. É do pó dos dias de profundos cinzentos que se eleva um sol de majestosa luminosidade. Não, não olhes para trás querido poeta! Olha para o infinito lá estará o brilho olhar que procuras, a doçura do beijo que tarda, do abraço que definha por dar. Não, não olhes para o que foi! Olha para o que pode ser. E que continuemos a "arder no mesmo lume muito para além de um fugaz relâmpago".
ResponderEliminarBelo, profundo e tocante, como sempre imensamente Teu!
Beijos de manso luar
Sentidamente Belo!
ResponderEliminarPassando para matar saudades...
Abraço dos Alpes
Tão belo e intenso quanto o "Delírios ll".
ResponderEliminarNão poderia me encantar com um sem conferir o outro.
Abraços, AL.
Mais do que um simples Delírio é um Grito de Alma que se quer a renovar pensamentos e sentidos.
ResponderEliminar"...
Ainda assim,
vejo-te sorrir na parte mais triste do meu corpo,
mas não sei o que quero de ti,
a não ser para me confundir com o nada quando quero tudo!
..."
Um abraço de carinho e continua a maravilhar-me com a tua poesia.
El vértigo de un relámpago es un lugar magnífico para habitar...
ResponderEliminarUn beso lleno de luz
SIMMMMMM...!
EliminarHá maravilhosos lugares para habitar, onde nada mais existe senão o calor do desejo, a vertigem do prazer, a luz de um êxtase!
Un beso lleno de luz.
A veces el vacíonos inunda. Hay que dejar que todo pase. Todo es inpermanente.
ResponderEliminarPrecioso y sentido poema, Albino...
Un beso enorme
Gracias querida Ana por chegares aqui!
EliminarUn beso enorme!