Talvez passasse sem a tua música,
sem conhecer teu ébrio mar,
onde as línguas lambem a sede dos náufragos.
Mas decidi partir ao encontro do azul sem trégua,
perder a rota, a sensatez.
Quero aportar nas mais íngremes falésias
com as unhas cravadas na rugosidade das pedras,
com o medo a salgar-me a boca e os olhos
no alto do abismo,
onde o mar e tu se revelaram
nos meus sonhos.
Prefiro arriscar a queda, a ser quase nada de mim!...
albino santos
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É muito tempo que o tempo nos tem
ResponderEliminarÉ penoso o caminho nas escarpas sem eco
É urgente mergulhar no azul, lavar os olhos de luz . De paz . De sonhos
É tão bom ler poesias como as tuas
Beijo AL!
Pensaste bem caro poeta
ResponderEliminare porquê não? Arriscas-te tudo
para perdeste nesse mar sem fim...
com bons olhos te vejo.
bjsssssssss
Quando o amor está intocável a alma pinga , o sonho cresce ,o desejo está patente
ResponderEliminarNo mar sem fim estará a vida...Há que tocá-la mesmo parecendo não ser possível.
A vida corre tão depressa.....................
Maravilhoso
Bjgrande do Lago
Vim reler-te... e que bom perder-me neste «ébrio mar»!
ResponderEliminarDelicioso o teu poema.
Um beijinho.
Mergulha no mar ébrio de azuis e verdes esmeralda, deixa que a alma se prenda nas rugosas pedras porque só assim a música de um amor intangível pode de facto ser ouvida nas falésias silenciosas de sonhos e desejos.
ResponderEliminarFalésias, onde descanso o olhar...
ResponderEliminarE o mar...e o mar... é feito de azul,
de abismos e de sereias à luz do luar.
Ao cair da tarde, um fogo sem igual
todos os dias se deita para lá do horizonte...
...e arde...e arde...E eu sou a bruma, e o sal, a brisa e o vento,
o último raio de luz, a lamber o areal...
um sorriso ou um lamento...
Ao longe, as falésias gritam.
Um pássaro ferido, voa em queda livre,
todos os dias,
para habitar a claridade que existe,
nos meus olhos...
Margusta.
Ao cair da tarde,
Eliminarquando tudo arde para além do horizonte
e o último raio de luz lambe o areal,
um pássaro ferido, de asas soltas,
procura a claridade dos teus olhos!
Em falésias de mágoas,
quando tudo arde num fogo sem igual,
lembro-me de ti,
esqueço o mundo em meu redor,
amordaço na boca o beijo que me queima de saudade…
… e arde…arde…arde…
até que o crepúsculo me recolha
na sua sombra!
AL