EU NÃO ARDO NAS SOMBRAS, CONSTRUO ALVORADAS!...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

AGORA QUE O SOL SE FOI...


                                                                 Agora que o sol se foi
                                                   fica-me nos olhos o êxtase do ocaso,
                                                   abre-se o tempo sob os meus passos inaudíveis
                                                   como se caminhasse num lugar inexistente
                                                   e a noite desesperada estivesse à minha espera.

                                                  Já não há a música da tua voz nos meus ouvidos,
                                                  nem sono para os meus olhos,
                                                  mas sinto que ainda brilhas dentro de mim,
                                                  ofuscas a realidade,
                                                  é a tua sombra que me consome e alimenta.

                                                  Agora que o sol se foi,
                                                  sinto congelar o encarnado nas minhas veias,
                                                  enquanto um poema pousa no meu corpo
                                                  para que todas as palavras
                                                  possam tocar a clareza absoluta das metáforas.


albino santos
*Reservados Todos os Direitos de Autor

16 comentários:

  1. Meu querido amigo e poeta, que bom ser uma de suas convidadas! Nada poderia me fazer mais feliz. Sabes porquê? Porque aqui em meio aos teus versos eu esqueço o mundo e suas dores, em meio aos teus versos eu me sinto mulher e linda, em meio aos teus versos eu tenho a certeza de que ainda existe mágica e amor e cor! bjs e meu muito obrigada

    ResponderEliminar
  2. Albino, nunca será em demasia dizer-lhe do quão belo é aquilo que escreve - como se fora água a vida entre os dedos e dor no poente dos dias largos.

    Quero que saiba que o leio, não direi sempre, mas quase sempre, pese embora ser parca em comentários e que, é seguramente daqueles espaços que vindo sei, encontrarei o que de melhor se escreve em poesia na blogoesfera e, porque não dizê-lo, na poesia contemporânea.

    Bem-haja, Albino
    Permita-me um abraço amigo
    Mel

    ResponderEliminar
  3. mil gracias querido y admirado poeta por concedernos el privilegio de perdernos en la infinita belleza de tus versos. Muchos besinos y feliz fin de semana te desea esta amiga admiradora con todo mi cariño.

    ResponderEliminar
  4. "... enquanto um poema pousa no meu corpo"...

    Sem existem versos que suavizam a pele e a alma dos sonhadores... obrigada.

    Beijo carinhoso.

    ResponderEliminar
  5. Quando o sol se põe chega o arrefecimento do tempo e muitas vezes da alma, porque a nostalgia instala-se na noite, encostada a nós.

    Que belo............

    Bom fim de semana

    Bjgrande do Lago

    ResponderEliminar
  6. Tão BELO Al!!!

    O Sol volta sempre, após um período de sombras onde o eco da voz
    sustem a vigília das pálpebras ...

    Beijinho Poeta de todas as metáforas!

    Margusta

    ResponderEliminar
  7. Albino, ontem passei por aqui e, não entendo o que aconteceu, o comentário não aparece :)... por certo não gravei... só pode.

    Dizia-lhe nele, de que, a sua escrita é, sem margem a dúvida, do melhor que a blogoesfera nos oferece, e, na contemporaneidade literária que conheço, está entre as que mais me agradam. Este é um espaço belíssimo, a que volto, sempre que a vida me permite, na certeza de que daqui saio mais rica.

    Permita-me um fraterno abraço de gratidão
    Mel

    ResponderEliminar
  8. Agora que o Sol se foi, fica a magia das tuas palavras e o êxtase do teu sentir. Amei demais o teu poema. Obrigado pela luz deixada no meu cantinho. Acho, que toda a luz que eu pudesse receber, não chegava para a cruz que tenho comigo agora. Beijos com carinho

    ResponderEliminar
  9. "Agora que o sol se foi..." voltará ao amanhecer de todas as auroras mágicas para nos transmitir a sensibilidade e sensualidade da tua alma porque "...enquanto um poema pousa no meu [teu] corpo... " as metáforas dançarão ao som das tuas palavras.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  10. O ocaso é o ponto de partida para que com a ausência do sol, tudo se volte para um outro crepúsculo interior onde ainda há reminiscências da sombra, música, voz que brilham dentro do sujeito poético.
    Uma imagem crepuscular belíssima, de acordo com a serenidade desta fase
    onde ainda tudo tão bem canta dentro de ti mesmo em "noites desesperadas".
    O tempo e o ocaso nunca tirarão o teu brilho

    Beijo!

    ResponderEliminar
  11. Que lindo! Já tinha saudades de te ler...
    "enquanto um poema pousa no meu corpo para que todas as palavras possam tocar a clareza absoluta das metáforas."

    Poesia pura!
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  12. Belíssimo!!!

    "
    ...
    enquanto um poema pousa no meu corpo
    para que todas as palavras
    possam tocar a clareza absoluta da metáforas. "

    Não tenho palavras que comentem a beleza disto...
    Há poemas que apenas se agradecem.
    Obrigada, Albino!
    Um beijinho

    ResponderEliminar
  13. Que todos os poemas pousem no teu corpo, que todos os ocasos te preencham o olhar, que todas as cristalinas vozes do amor te vistam de luz e vida...Agora que o sol se pôs no horizonte rubro e quente.
    Beijo de luar tecido

    ResponderEliminar
  14. Sinto a musica da tua voz nestas palavras... onde o sol renasce a cada metáfora que sacia a sua sede na frescura desse brilho que "deixaram" dentro de ti!

    beijinho poeta!

    ResponderEliminar
  15. hola AL,
    ahora que el sol se fue,
    se tienen horas para el amor...

    un abrazo^^

    ResponderEliminar