EU NÃO ARDO NAS SOMBRAS, CONSTRUO ALVORADAS!...

sábado, 4 de agosto de 2012

INFINITO...


                                            Sonho com o infinito, atónito e entorpecido
                                      neste sonho que me arrasta
                                      num delírio interminável.
                                      Abandono-me ao prazer deste encanto
                                      que me arrebata por inteiro.
                                      Em completo desatino,
                                      bebo a avidez de todos os instantes,
                                      os meus olhos, fechados, enchem-se de luz
                                      e tocam brevemente a plenitude… o vazio.
                                      Torno-me louco, sábio, livre!
                                      Mas o tempo me deixou perdido no futuro
                                      que ousei contemplar.
                                      Com as retinas embevecidas ouso perguntar:
                                      Perdi o tempo, ou o tempo se distanciou de mim?
                                      Ouvi o silêncio.
                                      Era o infinito do seu ventre a me chamar!...



albino santos
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18 comentários:

  1. "Perdi o tempo… ou o tempo se distanciou de mim?"

    Profundamente sentido...

    Beijo carinhoso.

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  2. O silêncio vive em nós...Temos que o ouvir, mas ele não acarreta sempre paz, mesmo que tenhamos em nós a energia do Universo. O silêncio dá-nos a reflexão, a meditação tão importante e sublime na vida. Fechando os olhos ... Vemos a luz e a cor da transmutação...Lilás....O belo desse infinito. Muito mais poderia explanar mas sendo aborrecida.
    Maravilhoso e tão meditativo o que aqui deixaste.........

    Sublime

    Bjgrande do lago

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  3. Loucura, sapiência, liberdade.
    O arrebatamento mergulhado no tempo que te achou: Só a sapiência nos sabe dar a liberdade da contemplação , o som do silêncio, a loucura e a capacidade de delírios só possíveis na sensibilidade fantástica com que cada vez mais nos surpreendes.
    O impossível não existe na tua poesia.
    Imagem e poesia…dignos de ti!
    Beijo!

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  4. O tempo...Esse insano e maldoso companheiro de viagem.O tempo; perdi-me dele ou ele de mim? ouvindo o silencio das madrugadas rubras, ouvindo o silencio das noites brancas. Ouvindo apenas o silencio que permito me invada sempre que leio um poema teu. Um silencio onde todos os sons se fundem e compôem uma perfeitissima melodia.
    Belo como sempre.
    Beijo de ténue luar

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  5. Meu querido Al,

    Penso que no fundo e mais secreto sítio dentro de nós,sabemos ao certo se o tempo se perdeu ou se distanciou de nós....
    Adorei!

    Bjinho cheio de luar

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  6. Quando a alma do Poeta é grande tudo se torno tão pequeno. Almeja então o Poeta ir mais além, na busca interminável do SONHO que lhe serve de alimento!...
    Uma vez tocado o infinito é impossível esquecer "Mas o tempo me deixou perdido no futuro
    que ousei contemplar." ...O infinito passa a ser o seu ZAHIR (Zahir - é proveniente de uma palavra Islamica, que significa que algo ou àlguem que uma vez visto, sentido, ou tocado jamais é esquecido, situação que nos pode levar à santidade ou a loucura).

    "Ouvi o silêncio. Era o infinito do seu ventre a me chamar!..."

    O infinito pode esperar Poeta!....

    Belo Al, um beijinho,
    Margusta

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  7. Albino,

    nunca em demasia agradecer o convite para o ler; nunca em demasia dizer-lhe do quão singular e bela é esta leitura - há nela, quiçá uma dor, um gemido fino, a constatação de que a vida é um retorno inevitável ao ventre da terra. tudo é passagem, efémera passagem, e, além de nós, apenas a semente, letras ou filhos, que aqui nos perpetuam.

    bem-haja, Albino. bem-haja, sempre
    (gratidão pelas suas palavras nos meus espaços, tb.)

    abraço fraterno e amigo

    Mel

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  8. Em silêncio contemplo...a beleza infinita das tuas palavras...

    Bjs dos Alpes

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  9. "Perdi o tempo… ou o tempo se distanciou de mim?"

    O Poeta que se interroga sabendo que a alma tem todo o tempo do mundo enquanto o sonho a comandar. Ouve o silêncio e "Abandono-me(te) ao prazer deste encanto que me(te) arrebata por inteiro."

    Porque o sonho comanda a Vida...

    Um abraço do tamanho do mundo.

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  10. Olá Al, maravilhoso como sempre e perdido no tempo. Beijos com carinho

    No infinito e no tempo
    Te encontrei meu amigo
    E, saboreei o momento
    D'ouvir o silêncio contigo.

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  11. Ah, esse tempo que formata os dias ... esse tempo ritmico em que os ponteiros do relogio nos acrescentam movimento à vida! Ah... este poema, tão longe e tão perto do tempo de ser "hoje" a plenitude de "ser" sempre... Infinito!
    abraço poetico!

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  12. Há sempre um tempo novo que chega quando outro tempo se vai. É assim o infinito, uma luz maior que incessantemente nos chama quando pensamos que já nada mais resta.
    O tempo... será que é, exactamente e só, o que pensamos dele? Ou algo muito mais relativo e lato que atravessa toda a existência.
    Excelente poema, nascido de quem aprendeu (dentro do tempo) a ouvir-lhe o silêncio.

    Um beijinho, Albino

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  13. hola Al,
    estos suenos son exquisitos, pienso que podemos repetirlo cada noche - y cada vez mucho más ardientes!


    un abrazo fuerte^^

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  14. Nunca se pierde el tiempo porque se aprende. Experimentar es algo intrínseco a esta vida.

    Bellísimos versos los que nos brindan con esa particular sensualidad que te caracteriza.

    Un beso enorme

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    1. Grato pelas tuas palavras, querida Ana!
      A vida é uma descoberta permanente...

      Un beso enorme!

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  15. Qué bonito. Descubrí de nuevo este precioso poema. Ya lo leí, pero ahora, al volverlo a leer me ha parecido diferente.

    Amor de infinitud.

    Belleza pura

    Un beso

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  16. Me encanta que gostes dos meus poemas Ana!

    Besosss!

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