Sonho com o
infinito, atónito e entorpecido
neste sonho
que me arrasta
num delírio
interminável.
Abandono-me
ao prazer deste encanto
que me
arrebata por inteiro.
Em completo
desatino,
bebo a
avidez de todos os instantes,
os meus
olhos, fechados, enchem-se de luz
e tocam
brevemente a plenitude… o vazio.
Torno-me
louco, sábio, livre!
Mas o tempo
me deixou perdido no futuro
que ousei
contemplar.
Com as
retinas embevecidas ouso perguntar:
Perdi o
tempo, ou o tempo se distanciou de mim?
Ouvi o
silêncio.
Era o infinito do seu ventre a me chamar!...
Era o infinito do seu ventre a me chamar!...
albino
santos
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"Perdi o tempo… ou o tempo se distanciou de mim?"
ResponderEliminarProfundamente sentido...
Beijo carinhoso.
O silêncio vive em nós...Temos que o ouvir, mas ele não acarreta sempre paz, mesmo que tenhamos em nós a energia do Universo. O silêncio dá-nos a reflexão, a meditação tão importante e sublime na vida. Fechando os olhos ... Vemos a luz e a cor da transmutação...Lilás....O belo desse infinito. Muito mais poderia explanar mas sendo aborrecida.
ResponderEliminarMaravilhoso e tão meditativo o que aqui deixaste.........
Sublime
Bjgrande do lago
Que lindo poeta!
ResponderEliminarbjs
Loucura, sapiência, liberdade.
ResponderEliminarO arrebatamento mergulhado no tempo que te achou: Só a sapiência nos sabe dar a liberdade da contemplação , o som do silêncio, a loucura e a capacidade de delírios só possíveis na sensibilidade fantástica com que cada vez mais nos surpreendes.
O impossível não existe na tua poesia.
Imagem e poesia…dignos de ti!
Beijo!
O tempo...Esse insano e maldoso companheiro de viagem.O tempo; perdi-me dele ou ele de mim? ouvindo o silencio das madrugadas rubras, ouvindo o silencio das noites brancas. Ouvindo apenas o silencio que permito me invada sempre que leio um poema teu. Um silencio onde todos os sons se fundem e compôem uma perfeitissima melodia.
ResponderEliminarBelo como sempre.
Beijo de ténue luar
Meu querido Al,
ResponderEliminarPenso que no fundo e mais secreto sítio dentro de nós,sabemos ao certo se o tempo se perdeu ou se distanciou de nós....
Adorei!
Bjinho cheio de luar
Quando a alma do Poeta é grande tudo se torno tão pequeno. Almeja então o Poeta ir mais além, na busca interminável do SONHO que lhe serve de alimento!...
ResponderEliminarUma vez tocado o infinito é impossível esquecer "Mas o tempo me deixou perdido no futuro
que ousei contemplar." ...O infinito passa a ser o seu ZAHIR (Zahir - é proveniente de uma palavra Islamica, que significa que algo ou àlguem que uma vez visto, sentido, ou tocado jamais é esquecido, situação que nos pode levar à santidade ou a loucura).
"Ouvi o silêncio. Era o infinito do seu ventre a me chamar!..."
O infinito pode esperar Poeta!....
Belo Al, um beijinho,
Margusta
Albino,
ResponderEliminarnunca em demasia agradecer o convite para o ler; nunca em demasia dizer-lhe do quão singular e bela é esta leitura - há nela, quiçá uma dor, um gemido fino, a constatação de que a vida é um retorno inevitável ao ventre da terra. tudo é passagem, efémera passagem, e, além de nós, apenas a semente, letras ou filhos, que aqui nos perpetuam.
bem-haja, Albino. bem-haja, sempre
(gratidão pelas suas palavras nos meus espaços, tb.)
abraço fraterno e amigo
Mel
Em silêncio contemplo...a beleza infinita das tuas palavras...
ResponderEliminarBjs dos Alpes
"Perdi o tempo… ou o tempo se distanciou de mim?"
ResponderEliminarO Poeta que se interroga sabendo que a alma tem todo o tempo do mundo enquanto o sonho a comandar. Ouve o silêncio e "Abandono-me(te) ao prazer deste encanto que me(te) arrebata por inteiro."
Porque o sonho comanda a Vida...
Um abraço do tamanho do mundo.
Olá Al, maravilhoso como sempre e perdido no tempo. Beijos com carinho
ResponderEliminarNo infinito e no tempo
Te encontrei meu amigo
E, saboreei o momento
D'ouvir o silêncio contigo.
Ah, esse tempo que formata os dias ... esse tempo ritmico em que os ponteiros do relogio nos acrescentam movimento à vida! Ah... este poema, tão longe e tão perto do tempo de ser "hoje" a plenitude de "ser" sempre... Infinito!
ResponderEliminarabraço poetico!
Há sempre um tempo novo que chega quando outro tempo se vai. É assim o infinito, uma luz maior que incessantemente nos chama quando pensamos que já nada mais resta.
ResponderEliminarO tempo... será que é, exactamente e só, o que pensamos dele? Ou algo muito mais relativo e lato que atravessa toda a existência.
Excelente poema, nascido de quem aprendeu (dentro do tempo) a ouvir-lhe o silêncio.
Um beijinho, Albino
hola Al,
ResponderEliminarestos suenos son exquisitos, pienso que podemos repetirlo cada noche - y cada vez mucho más ardientes!
un abrazo fuerte^^
Nunca se pierde el tiempo porque se aprende. Experimentar es algo intrínseco a esta vida.
ResponderEliminarBellísimos versos los que nos brindan con esa particular sensualidad que te caracteriza.
Un beso enorme
Grato pelas tuas palavras, querida Ana!
EliminarA vida é uma descoberta permanente...
Un beso enorme!
Qué bonito. Descubrí de nuevo este precioso poema. Ya lo leí, pero ahora, al volverlo a leer me ha parecido diferente.
ResponderEliminarAmor de infinitud.
Belleza pura
Un beso
Me encanta que gostes dos meus poemas Ana!
ResponderEliminarBesosss!