Sentado à varanda do mundo
morro com todas as coisas que morrem,
vivo com todas as coisas que vivem.
No lugar onde incendiamos tantas noites,
resta apenas o débil crepitar
da nossa sombra;
O tempo eternizou-nos o sono,
e o desejo dorme o que ainda não sonhou.
No escuro sem nome,
há um silêncio musical que se instalou
entre a memória
e o paraíso das nossas bocas,
como uma nuvem dissipada
na luz crepuscular.
E na eternidade deste instante,
sinto ser tão sereno tudo o que me resta:
Um manso e azul sossego,
a noite imensa,
a espantosa imobilidade das horas.
Quase nada me habita…
apenas aquele silêncio musical,
indecifrável,
ainda quente dentro da boca.
albino santos
*Reservados Todos os Direitos de Autor
Um amor perdido no tempo, mas que o tempo parou, pois as imagens de beleza continuam vivas apesar de parecerem envolvidas em sombras.
ResponderEliminarProfundo, intenso e muito belo.
Bom ler-te
Boa semana
Bjgrande do Lago
As vzs o silêncio musical se faz necessário, ainda que grite no peito, emudecido.
ResponderEliminarNovas melodias surgirão!
bjo de luz e paz
=)
As brasas que ainda queimam
ResponderEliminariluminam o silêncio
das noites eternas...
bela música querido poeta,
bela música... bjsssssssssss
Tantas vezes o silêncio é a mais bela música para ouvirmos rumores que nos chegam sem aviso.
ResponderEliminarBeijo AL
Saudades...o que nos silencia a alma. Lindo meu amigo. Amei demais. Beijinhos com carinho
ResponderEliminarÉ no silêncio mais profundo que as horas soam com a musicalidade da eternidade. É por dentro do beijo que ainda queima que o manso e imenso azul da noite inunda os corpos que se esqueceram das horas para vibrar no breve crepitar da aurora que os inunda.
ResponderEliminarQue no silencio que inunda a tua noite sintas a sombra do ser amado....Eternamente.
Beijo de luar
Belíssimo, AL!
ResponderEliminarNem ouso interpretar, pois limitei-me a apreciar e admirar a sua linda construção poética.
Adorei a "varanda do mundo".
Volto depois para ler os outros poemas.
Semana linda para você.
Abraço.
Um silêncio que sabe a paz, na quietude das memórias.
ResponderEliminarQue nada perturbe a eternidade do sentir.
"No lugar onde incendiamos tantas noites,
ResponderEliminarresta apenas o débil crepitar
da nossa sombra"