Talvez passasse sem a tua música,
sem conhecer teu ébrio mar,
onde as línguas lambem a sede dos náufragos.
Mas decidi partir ao encontro do azul sem trégua,
perder a rota, a sensatez.
Quero aportar nas mais íngremes falésias
com as unhas cravadas na rugosidade das pedras,
com o medo a salgar-me a boca e os olhos
no alto do abismo,
onde o mar e tu se revelaram
nos meus sonhos.
Prefiro arriscar a queda, a ser quase nada de mim!...
albino santos
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