Enquanto os minutos se
espreguiçam
pelas tardes
um desejo indolente
amadurece nas margens do vento
como pétalas de outono que florescem
como se fosse primavera.
Deitam-se no veludo do ventre
e concentram em si
todos os sabores do fruto repousado.
Num gesto de audácia ainda pura
o corpo revela sem pudor
a usura dos prados. E tu és a sede,
a fonte, a sombra fascinante
que logo se expande
num prazer devasso e latejante.
Por entre subtis pétalas de sombra
há um fruto que espera,
maduro e sedutor como horas de outono
descendo lentamente pelas tardes.
albino santos
* Reservados Todos os Direitos de Autor
EU NÃO ARDO NAS SOMBRAS, CONSTRUO ALVORADAS!...
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
HORAS DE OUTONO
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