Esperei por ti tão
longamente
enquanto as primaveras se exauriam
e os súbitos invernos aconteciam…
Esperei por ti
ao frio, à chuva, ao vento,
abrigando no peito o desalento,
fechando os olhos à recordação.
Mas nenhuma rosa floresceu,
nenhum espinho veio ferir-me a mão.
Nada aconteceu!...
Com o tempo acossado nos olhos
e as mãos fatigadas de desejo,
resta-me apagar os traços
de qualquer ternura,
esconder-me de mim na noite informe,
que torna a noite sempre mais escura.
enquanto as primaveras se exauriam
e os súbitos invernos aconteciam…
Esperei por ti
ao frio, à chuva, ao vento,
abrigando no peito o desalento,
fechando os olhos à recordação.
Mas nenhuma rosa floresceu,
nenhum espinho veio ferir-me a mão.
Nada aconteceu!...
Com o tempo acossado nos olhos
e as mãos fatigadas de desejo,
resta-me apagar os traços
de qualquer ternura,
esconder-me de mim na noite informe,
que torna a noite sempre mais escura.
albino santos
*Reservados Todos os Direitos de Autor
*Reservados Todos os Direitos de Autor
Belíssima tradução da desilusão
ResponderEliminarda espera...
(sempre dolorosa espera)
bjssssssssssss
Quando a espera não tem fim e a saudade irrompe e banha o coração, a noite torna-se longa,negra e sombria....
ResponderEliminarQue dizer? Sempre tu a suplantares em cada poema que partilhas. Sempre belo, sempre envolvente..
Bom resto de semana meu amigo
Bjgrande do Lago
A espera...Que marca as horas do desalento e do desespero, que marca o rodar das estações, e o vazio das mãos abertas....à espera.
ResponderEliminarQue belo poema de uma tristeza que toca e faz desejar ser possível fazer florir nas tuas mãos uma rosa rubra de paixão, sem espinhos. Fazer nascer um arco-íris de sonhos e poesia que te preencham a noite, para que não seja mais informe nem escura.
Meu querido Poeta...Não apagues os traços de ternura, a brisa morna da manhã de verão vai inundar-te de novo...
Beijo de luar
Esperar.
ResponderEliminarO preenchimento do vazio ou do tempo? Ou a impaciência de mãos cheias de nada? Na sensação por vezes da impotência de dominarmos o tempo, ele consciencializa-nos de que os espinhos não são mais que circunstâncias inerentes ao facto de teres as tuas mãos abertas para colheres de novo flores que abrigarás no peito com a ternura da tua noite. E da tua maravilhosa poesia.
É urgente o luar!
Beijo, AL!
Que essa espera traga a primavera e que com ela floresçam belas flores....
ResponderEliminarSempre tu espelhado nas palavras que escreves....
Beijos de...
Saudade
E da escuridão, nasce a luz! Amanhece a primavera nos teus olhos e as flores da alvorada não se cansam de sorrir com o seu perfume colorido! :-)
ResponderEliminarMelancolicamente belo, AL.
ResponderEliminarUma espera doída, que fere o coração e planta o desalento na alma.
Abraço,.