EU NÃO ARDO NAS SOMBRAS, CONSTRUO ALVORADAS!...
sábado, 25 de abril de 2015
MORRI NOS MEUS OLHOS
Ouviu-se um grito.
Um só grito e mais nada.
Como se um rio tivesse morrido de sede
porque a solidão secou a nascente.
Ouviu-se um grito.
Um só grito e mais nada.
Escureceu de repente
e eu morri nos meus olhos.
Extinguiu-se a luz de um olhar
inapagável,
porque lhe foi seca a fonte
onde nascia a raíz do poema
e o sonho... e todas as sedes.
E foi seca a ternura.
Morri nos meus olhos.
De secura,
quando os meus olhos
encontraram os teus e cegos de luz,
se precipitaram no abismo.
albino santos
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Quanta intensidade, AL! Versos de uma beleza incomparável.
ResponderEliminarBeijo, poeta!
Mas é de gritos como os teus , que voltam a rebentar ternuras das águas , claridades nos abismos e o azul na cegueira do poema.
ResponderEliminarDos mais belos poemas
Beijo AL!
A morte de um olhar que vivia de sonhos e de desejo de amor...
ResponderEliminarO tempo pode fazer brotar e renascer o que ficou adormecido parecendo morto e inanimado.
Afinal a vida é um renascer constante e permanente onde a luz está sempre presente.
Como sempre, belo e muito profundo.
Bom domingo
Bjgrande do Lago
Não morreste não querido poeta! Nem o teu olhar se perdeu em abismos insondáveis e negros. Foi apenas uma eclipse do sol, uma lua nova mais profunda... Repara...Não ouves as águas do ribeiro a cantar escorrendo livres pelas pedras polidas? Não vês as pequeninas ondas que fazem ao embater na margem coberta de musgo? Vês...Vês que o teu olhar está vivo, e intenso como sempre?! abre os olho sem medo a aurora acabou de se levantar....
ResponderEliminarBeijos de luar
Hemmmm.... E que grito o teu...nessas tuas palavras... Simplesmente belo.... Beijo de... Saudade
ResponderEliminarOlá AL,
ResponderEliminarLindíssimo e de uma intensidade que é peculiar em seu versejar.
É sempre um prazer ler suas belas criações poéticas.
Abraço.
O que nunca morre é a beleza dos teus poemas.
ResponderEliminarUm grande abraço com amizade
UAU!!!!!!!!!!
ResponderEliminarbjs
Olá Al, perdoa a minha ausência, mas a vida tem destas coisas. Também estou a morrer aos poucos. Tu não...uma alma como a tua nuca morre. Maravilhoso poema que adorei. Beijos com carinho
ResponderEliminarHá olhos que gritam e olhos que morrem em silêncio.
ResponderEliminarHá poemas que sangram saudade, e há poemas feitos de gratidão...
Pelo que foram, serão sempre a luz devolvida á cegueira.
Assim é a poesia...
"Escureceu de repente
Eliminare eu morri nos meus olhos.
Extinguiu-se a luz
de um olhar inapagável,
porque lhe foi seca
a raíz do poema, e o sonho…e todas as sedes!"
Resta-me a lembrança, o silêncio e o horizonte onde vamos pousar os mesmos olhos.
Os meus, perdidos na precária eternidade da luz!