EU NÃO ARDO NAS SOMBRAS, CONSTRUO ALVORADAS!...

quinta-feira, 24 de março de 2016

BUTTERFLY

                                        

                                            A noite trocou-me os sonhos, as mãos,
                                            confundiu-me os sentidos.
                                            Deambulo pelo caminho estreito dos teus desejos,
                                            como quem conhece a vereda de cor,
                                            como quem sabe onde chegar nesta busca.
                                            Sinto-te o inconfundível perfume selvagem,
                                            como um leve frescor de aragem
                                            que me toca a boca fluindo um sorriso,
                                            como se o mundo começasse
                                            e a minha vida renascesse
                                            nesse ingénuo sopro.

                                            Persigo o rasto do teu voo aleatório de borboleta
                                            que acaba de desfraldar as asas.
                                            Não! Não quero aprisionar-te.
                                            Quero apenas admirar a beleza das tuas cores,
                                            deslumbrar-me com a sensualidade dos teus gestos
                                            e deixar-me ficar preso ao nada que nos une…





albino santos
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10 comentários:

  1. Quanta intensidade, AL! Versos encantadores como todos.
    Adoro ler-te!

    Um beijo e boa Páscoa!

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    1. Sempre apresença de um grande amor...Hoje pairando nas asas de uma borboleta.

      Belo , suave mas muito intenso como sempre em tudo o que escreves.

      Páscoa feliz

      Bjgrande do Lago

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  2. Olá Al, docinho e sensual poema que amei demais. Quase me senti borboleta...não fosse esta a prisão em que vivo... Beijos com carinho

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  3. Como as asas de uma borboleta são diáfanas assim o amor que pela distância se mede. Belo e saudoso...Um amor sempre presente e no entanto, tão intangível... Suavidade e doçura em cada palavra deste poema. Lindo AL, como sempre.
    Beijos de luar

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  4. "e deixar-me ficar preso ao nada que nos une..."
    Parece-me que este único verso, resume ou conclui, todos os teus
    versos! Fantástica síntese do amor em meio as madrugadas febris
    de procura. Sempre me surpreendes poeta, sempre trazes um além de ti mesmo para nos ofertar. Tu és sempre um precioso presente.
    bjsssssssssss

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  5. Lindo, AL!
    Espero que sua Páscoa tenha sido muito feliz (e adocicada). Que possamos renascer a cada dia para a esperança, as alegrias, o amor e a fraternidade.

    Abraço.

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  6. O admirável na tua poesia, é que da miscelânea com que nos serves a tua sensualidade poética, fica-se como que a pairar sobre a flor (...) como aquele pó/seda das asas das borboletas , tão etérea que ela é.
    E sabe a uma "respeitosa" ternura que é encantadora.
    Insisto, e repito: venham os contemporâneos que vierem. Conquistaste o teu lugar.
    Beijo, AL! :)

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  7. "Deambulo pelo caminho estreito dos teus desejos"
    Como quem junto os vive.....
    Saudade

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  8. Un poema muy intenso, Albino:

    Son deseos genuinos, pero... es la nada el nexo de Unión y eso es triste.

    Muitos beijos

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    1. Sim Ana! É um poema que expressa apenas algo que se quer admirar, como se com uma mirada se pudesse possuir um corpo! É uma forma sublime de amor!

      Muitos beijos!

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