EU NÃO ARDO NAS SOMBRAS, CONSTRUO ALVORADAS!...

domingo, 22 de junho de 2025

VOA COMIGO...


 

Voa comigo… Porque somos um verso inacabado no poema infinito do universo!
Há um apelo irresistível que nos chama, sem palavras, um som ofegante, que só os amantes escutam. Não há nada que determine a duração do voo – a nossa hora é feita de instantes eternos entre carícias e beijos. Neste voo sem tempo, o teu cheiro me envolve e o teu silêncio me fala com a fluidez de um rio tranquilo. E quando os teus olhos se deitam nos meus e a noite nos abraça e respira em nós, é como se o céu se curvasse na nobreza de um gesto de submissão.
E nesse momento sublime, há algo sagrado no modo como a minha mão descansa sobre a tua cintura, como se houvesse uma promessa antiga, um lugar ao qual sempre pertenci – mesmo antes de te encontrar. O teu corpo, não é apenas pele – é carícia onde o tempo se suspende, onde cada penumbra conta uma história que eu leio com amor e devoção. Não com pressa. Mas como quem ouve uma canção pela primeira vez e jamais esquece toda a melodia.
Voa comigo… e se as estrelas nos quiserem desafiar, que saibam que já somos constelação. E que os nossos gestos traçam luzes entre galáxias, e as nossas sombras entrelaçadas desenham poesia no lençol do céu. A gravidade nos esqueceu, deixou de ter poder sobre o nosso voo. Criamos a nossa própria órbita. Agora, somos apenas nós – voando como quem dança sobre o limite do desejo, mas ainda mais alto do que qualquer ser pode alcançar. Aqui, onde o mundo desaparece e o que resta é só amor e prazer, ardendo sem pressa, no céu tranquilo dos nossos corpos.


albino santos
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