Dou-te
pétalas de brisa, suaves murmúrios do sol a florirem num oásis de estrelas,
perfumes de silêncio cinzelados no horizonte, doces quimeras desenhadas no
vento. Adivinho a limpidez do teu rosto no brilho de uma estrela cadente que se
evadiu dos teus olhos. Sim, porque o arco iris nasce no segredo dos teus olhos,
e nele me refugio quando as névoas me querem encontrar. Respiro-te em cascatas
de ternura, brandas carícias que me entregam a melodia do teu coração e me
(en)cantam como se mil violinos tocassem no silêncio de uma madrugada de
cristal. Se tu pudesses sentir a brisa dos meus sonhos e tocar o meu rosto,
talvez esse instante mágico pudesse agarrar o sonho e ensinar às minhas mãos os
caminhos do teu corpo e me fizessem subir às pequenas colinas onde a luz
indecisa se demora pela manhã. Sedentas, encontrariam o delírio da água na tua fonte
incendiada.
albino santos
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