Detesto o instante que é o decalque de outro instante.
As linhas rectas do caos da normalidade.
O gigantesco vazio onde nada flutua ou se movimenta.
O rigor da simetria reflectida na face de um espelho.
A cor cinzenta do tédio e da rotina que nos trespassa.
Eu quero matar a sede na água dos astros,
cassiopeias de seiva e poesia a circularem nas veias,
dilúvios nocturnos, rios de desejo,
dedos mergulhados num eriçado alvorecer,
músicas de vento murmurando rimas incendiárias!
Quero o poliedro da mente,
cujas faces rodopiam e rompem as grades
de todas as convicções e me levam para longe,
sem saber para onde!
O que importa é ir e diluir-me nas paisagens
que vão surgindo.
O caminho é que me vai encontrando
enquanto eu me permitir ser livre!...
albino santos
*Reservados Todos os Direitos de Autor
Adorei o teu poema, meu amigo... um belíssimo "tratado" do inconformismo, da monotonia e do convencional... um imenso grito de liberdade.
ResponderEliminarUm beijo.
A liberdade de escolha da nossa caminhada é algo inerente em nós. Só assim conseguimos vencer as enfadonhas barreiras da rotina que nos levam vezes sem conta ao desequilíbrio diário .
ResponderEliminarA vida é essa busca da realização.
Como sempre magnífico. Obrigada pela partilha. É sempre muito bom ler-te.
Bom resto de semana
Bjgrande do Lago
Libertador!
ResponderEliminarQuero os teus caminhos poeta,
os caminhos da poesia...
bjssssssssss
Um grito incontido e inconformado do Eu poético à rotina onde, qual charco de águas paradas, a vida vai definhando na asfixia dos limos irrespiráveis .
ResponderEliminarBelíssimo !
Beijo AL
Um belo poliedro que se transforma num magnifico poema....
ResponderEliminarSaudade
Uma alma em fogo a romper a rotina, o cinzento e conformidade. Um grito de liberdade que ecoa pelo universo e se reproduz em cada musgo, em cada pétala, em cada riacho....Um poliedro que é um caleidoscópio de magia e de romper as convicções e as convenções.
ResponderEliminarBelo e muito teu...Como sempre.
Beijo de luar
Um belo exercício metafórico de uma alma ardente diria até que em erupção.
ResponderEliminarNos semi-espaços do poliedro cada aresta é um verso que nos leva por caminhos íntimos de introspecção.
Excelente poema que gostei muito.
Beijo.
La libertad de ser es una bellísima manera de encarar la vida, Albino:
ResponderEliminarUn beso enorme
SIMMM! O ser humano existe para ser livre!
EliminarNada pode impedir a sua liberdade!!!
Un beso enorme.