EU NÃO ARDO NAS SOMBRAS, CONSTRUO ALVORADAS!...

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

LÍRICO INSTANTE

Na policromia dos delírios que emanam de cada um dos meus silêncios, liberto os mais ousados devaneios da minha imaginação. Fecho os olhos, e deixo os meus dedos deslizarem pela tua pele, descendo a alça do teu vestido. Ah! Lírico instante em que a poesia dos meus olhos se torna incandescente nos teus seios – esse santuário de curvas onde a minha sede repousa e a febre das palavras se dissolve no silêncio dos meus olhos. Escultura de desejo moldada pela luz pálida da madrugada, é a metáfora mais ardente que o meu olhar já escreveu. Cada gesto teu é um verso sem rima que me embriaga, cada suspiro, um poema secreto que só os meus dedos sabem ler. E quando te cai a alça do vestido, não é apenas o corpo que se revela – é o mistério do mundo, o brilho do que é sereno e belo, o doce abismo entre o que se vê e o que se sente. Os teus seios brancos, redondos, os mamilos rosados pela dilatação da tarde escaldante, são suaves colinas onde os meus lábios encontram paz, acendem em mim um fogo sereno e absoluto, como se o próprio tempo parasse para te contemplar. E eu me deixo perder em ti. Mas não importa perder-me se for no calor dos teus vales, no pulsar do teu ventre sob a minha mão, porque és o poema que nunca se encerra, o instante eterno em que deixo de ser quem sou para ser apenas desejo. Há em ti um poema que não sei escrever com palavras, mas que o meu corpo inteiro aprende a declamar em silêncio, quando te toco com amor e ternura, como quem toca o coração de um sonho.




albino santos
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15 comentários:

  1. Albino, teu texto é de uma intensidade rara mistura de carne e metáfora, de silêncio e incêndio. Há nele um erotismo que não é vulgar, mas sagrado, como se cada curva tocada fosse também uma sílaba de um poema secreto, escrito com o corpo em vez da pena.
    A imagem da alça do vestido que cai é mais do que gesto é rito. Um momento em que não se despe apenas um corpo, mas as camadas do mundo. E esse lirismo que percorre tua escrita quase místico transforma o desejo em contemplação, como se o amor fosse um templo onde a beleza é reverenciada com olhos fechados e mãos em prece. Teu narrador não apenas deseja. Ele vê. E ver, nesse caso, é um verbo maior: é perceber o mistério que mora no outro, e não apenas aquilo que o olhar alcança. Há uma ternura incandescente no meio da febre como se o toque fosse feito também de cuidado, como se a paixão tivesse aprendido a ser delicada sem perder força.
    É raro ler algo que transborde corpo e alma com a mesma intensidade. Parabéns por esse texto que pulsa e respira entre as entrelinhas do que se sente.

    Com admiração,
    Fernanda

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  2. Estos delirios que acarician, dan gozo y sensualidad...siempre de tu mano poética!
    Besos

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  3. Oi As
    Cada delírio do seu poema tem sua própria cor e uma nuance onde a fantasia não se esconde nem fica contida. É o retrato perfeito do poeta que só conheço pela palavra poética. Uma lindeza! Gosto muito desse lirismo e dessa ternura que me alcança apesar dos oceanos. Deixo meu carinho, amigo e uma variedade de cores para te inspirar .
    Beijinhos

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  4. Querido amigo, que delirio mas hermoso, sensualidad, pasión, ternura, esos delirios acarician el cuerpo y el alma.
    Siempre escribes con tanta delicadeza y respeto a la mujer que tu prosa es extraordinaria, me encanto Poeta
    ♥♥♥Querido amigo♥♥♥
    ♥Te deseo de todo corazón un♥
    ♥¡Feliz fin de semana!♥
    ♥Abrazos y te dejo besitos♥

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  5. Olá, poeta Albino!
    Um mar de metáforas se desvela em seu poema
    O amor é poesia... logo, cada verso se tece num abraço, cada estrofe, num beijo... até o poema ficar completo e cheio de poesia rara.
    Ha quem enxergue só o corpo. Não vê, muito menos sente a emocaie e o sentimento debaixo do desnudar a alma.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Abraços fraternos de paz

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  6. Cuánta maravilla encierra tu inspiración, Albino, un abrazo!

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  7. Wuauu es precioso lo que has escrito, querido amigo Albino. Me ha encantado. Está envuelto en arte, deseo, sensualidad, erotismo de lo más fino. Y qué metáforas más bonitas has utilizado. Esta publicación es una de las que más me ha llegado.

    El cuerpo un santuario para ser amado, para reposar caricias en el pecho, para ser prosa en cada poro y latido, intensidad y deseo lates en tus versos.

    Chapó, un aplauso desde mi admiración.

    Besos y feliz fin de semana.

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  8. albino, hermosa prosa, tú con tus letras acaricias.
    Intensidad y pasión
    Besos

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  9. Olá caro A.S.
    Mais um belo e sensual poema.
    Muito bom amigo poeta.
    Bom final de semana.
    Beijos!
    "Palavras suavemente ditas
    Sussurros na calada da noite
    O amor é doce e secreto."

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  10. Q tal , amigo querido poeta, o seu texto envolveme e capturame, uau. Nao descreves apenas um corpo, parece um sonho do qual nao quero acordar. E bonito e sensual.
    Beijos de uma fada que acordou uma manha sem a sua magia. As minhas asas, outrora radiantes, estao agora um pouco embaciadas, e a minha varinha nao responde aos meus comandos. Acho que esqueci a minha magia :( mas enviote abracos com muito cariño e afecto ⭐️ ⭐️ ⭐️ ⭐️ ⭐️ ⭐️ ⭐️ ⭐️

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  11. Maravilloso Albino, una prosa poetica llena de intenso placer, un eco que envuelve piel y alma.
    Te dejo el enlace de mi blog Ecos Eróticos por si te apetece seguirlo, tuve un problema con el anterior y comencé con este.

    https://ecos-eroticos.blogspot.com

    Besos Albino!!




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  12. Impecablemente definido y poéticamente desarrollado. Inspirada y sensual, envidiable prosa, una vez más.
    Abrazo admirado!!

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  13. "Ah! Lírico instante em que a poesia dos meus olhos se torna incandescente nos teus seios "

    Despegar al cielo.
    Una delicia leerte, Albino.

    Abrazo.

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  14. 🪶 Salut,
    Dans le vertige de vos images, j’entrevois un univers où le désir s’érige en temple sacré, vos mots effleurent la chair comme une incantation, alliant fièvre et grâce dans un même souffle, ce sanctuaire de lumière et d’ombre que vous peignez n’est pas seulement volupté, mais l’art sublime de faire trembler l’âme, à vous lire, le temps se suspend, et l’infini prend la forme d’un frisson, je vous adresse ces mots en qualité de compagnon de ma compagne, la fondatrice du blog La Rose des Brumes Célestes, que j’aime profondément, avec tout le respect que mérite votre plume, Régis.

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