Sentir-te
em mim, terna e amante, é mais que sentir a tua presença – é um grito de
silêncio e vertigem, um instante suspenso entre o que somos e o que sonhamos
ser. Quando estás em mim, quando o teu corpo se rende ao meu com essa doçura quase
luminosa, habito algo maior que o teu corpo: Uma constelação louca, acesa de
desejo e ternura, que dança acima do tempo, onde o tempo jamais ousa entrar. Nessa
órbita em que giramos, nos teus olhos doces e na tua pele macia como uma brisa quente,
há uma luz por trás de toda a magia da noite que não vem do mundo, mas do amor.
É o luar que beija nossos corpos por debaixo da noite, cúmplice do segredo que
somos. E tudo em ti me chama: os teus silêncios falam a linguagem do desejo, os
teus suspiros são mapas que sigo com os dedos acesos, trémulos de emoção. E tu,
em mim, és muito mais que corpo – és abrigo, ternura, vértice do que é sagrado.
És o murmúrio mais puro da noite, esse instante em que o mundo se recolhe e só
restamos apenas nós dois. E quando te sinto assim – tão minha, tão presente
como um perfume que nunca parte – compreendo que amar-te é habitar esse céu
íntimo e subir os todos os degraus que nos conduzem à morada dos astros.
albino santos
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Madre mía qué intenso lo que has escrito, querido amigo, me parece maravilloso, con esas metáforas que usas tan bonitas: "el vértice de lo sagrado".
ResponderEliminarEl amor es capaz de transformar el mundo, todo habla, las miradas, los silencios, la piel, y el deseo se expande, y el tiempo se detiene, dos almas en una, y la luna de testigo.
Me ha encantado, un placer leerte.
Besos enormes.
uerido Albino,
ResponderEliminarteu poema é lindo e me chega como um sussurro que começa na pele e termina no infinito. Não é apenas um canto de amor terreno é um voo. O que escreveste transcende a matéria e abre passagem para um amor que é simultaneamente humano e divino. O que mais me comove é a forma como transformas o desejo em liturgia. Não há vulgaridade, não há ruído. Há ternura, há corpo, mas elevado à condição de templo. Quando dizes “um grito de silêncio e vertigem”, sinto que tocas na essência do amor: aquilo que é intenso demais para caber em palavras e, ao mesmo tempo, funda um espaço de revelação. As imagens cósmicas que escolhes constelações, órbitas, astros não são ornamentos, mas verdadeiros símbolos. Elas transportam o quem te lê para essa dimensão suspensa onde o tempo se dissolve e os amantes se tornam eternos. É nessa órbita que o corpo deixa de ser apenas matéria e se torna abrigo, vértice do sagrado. Terminei tua leitura com a impressão de que amar, para ti, é um ato de ascensão: subir, passo a passo, até a “morada dos astros”. E talvez seja exatamente isso que o amor seja em sua forma mais pura não apenas encontro de corpos, mas de almas que, juntas, descobrem o divino que as habita.
Obrigada por nos oferecer esse pedaço de eternidade em palavras.
Com admiração e ternura,
Fernanda😘
Un precioso poema en prosa que destaca como siempre la belleza y el cuidado con el que eliges cada palabra, cada emoción que quieres describir.
ResponderEliminarEstupendo regalo,como siempre.
Un beso grande.
Boa noite, Albino.
ResponderEliminarSeu poema é um presente raro: eleva, comove, incendeia.
Com toda a minha admiração e amizade poética,
Beijos,
Véronique