O
silêncio é um mar sem ondas e nele me perco sem rumo. Não há bússola que me
guie, nem vento que me leve; apenas a vastidão que se estende, imóvel, como
se o tempo tivesse parado para escutar o meu próprio respirar. Cada instante é
uma água límpida que me envolve, num espaço onde a ausência se transforma numa
presença infinita. Navegar sem rumo não é perder-se – é entregar-se. É permitir
que o vazio revele os contornos ocultos da alma, que cada pensamento se erga
como uma ilha distante, pronta a desaparecer no horizonte.
No silêncio, não há
urgência, os passos que não dei, as palavras que não pronunciei, os amores que não vivi, todos
encontraram abrigo nesse oceano calmo, onde nada se exige além do estar. E
quanto mais avanço, mais percebo que não há chegada. A viagem é o próprio
mergulho no silêncio, esse espaço onde o mundo se dissolve e só resta o
essencial: eu, suspenso, à deriva… em paz!
albino santos
* Reservados Todos os Direitos de Autor
EU NÃO ARDO NAS SOMBRAS, CONSTRUO ALVORADAS!...
quarta-feira, 20 de agosto de 2025
O SILÊNCIO
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Impecable prosa poética que desnuda el accionar del silencio, sus incidencias y alcances... Impecable, insisto!!
ResponderEliminarAbrazo admirado!!
Albino querido,
ResponderEliminarao ler tuas palavras senti-me levada por esse mar sem ondas de que falas. Há em teu texto uma respiração lenta, quase como se a vida, por um instante, repousasse para ouvir o som do próprio coração. Tocou-me especialmente a inversão que fazes: navegar sem rumo não é perder-se, mas entregar-se. Há nisso uma coragem sutil, uma confiança no abstrato que me emociona.
Teu silêncio não é ausência: é espaço pleno, fértil, onde cabem os passos que não demos e os amores que ficaram por viver. É bonito perceber que tudo encontra abrigo nesse oceano calmo, como se nada fosse realmente perdido, apenas guardado no seio da eternidade. E quando dizes que a viagem é o mergulho no silêncio, encontro aí uma chave para a paz: não se trata de chegar a algum lugar, mas de ser, simplesmente.
Com carinho e reverência ao teu mergulho,
Fernanda!🙏🏻😘
Silêncio._ alguém já disse é uma fonte de inspiração e um restaurador de energia.
ResponderEliminar_ é 'esse mar sem ondas' onde também me perco, AS
E ,entregar-se é desfrutar dos momentos , é desenhar um rosto e fitá-lo , sem urgência...
abraços e beijinhos
Obrigada pela beleza dos teus momentos.
Profundo poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarQ tal, Albi! as suas palavras sao como um refugio... ficamos suspensos neste silencio, descobrindo a paz que so vem quando nos deixamos ir. Sabe? transmitis a sensacao de flutuar num oceano de calma, onde so o presente e a si mesmo existem.
ResponderEliminarA tua inspiracao e linda, sempre querido Albino. Beijos. 🥰🌻💛💖🌸
El mar tiene esa magia! Un abrazo Albino!
ResponderEliminarDescubrir el silencio, y la oscuridad del océano donde se pierden los recuerdos. Interpreto el deseo de ver más allá de nuestra existencia, me fascino leerlo muy hermoso.
ResponderEliminarAbrazo
Que beleza de texto!
ResponderEliminarSinto que cada palavra mergulha fundo na alma e se expande como ondas invisíveis.
O silêncio, aqui, não é vazio, mas plenitude… um espaço onde a essência se revela, onde o tempo repousa para que possamos ouvir a nós mesmos.
É como se esse mar sereno fosse também um colo, acolhendo tudo o que não foi dito, vivido ou realizado, transformando em paz o que parecia ausência.
Uma escrita que emociona, que acalma e que nos lembra da beleza de simplesmente estar.
ABRAÇOS POÉTICOS
Llegar a sumergirse en se silencio que llena de paz el alma, es magia pura, hay que dejarse llevar, abandonarse para que la paz que se genera dentro de ti te abrace
ResponderEliminarprecioso pensamiento o reflexión Albino, me ha gustado muchisimo poeta
Un abrazo grande
Hermosa prosa, en el silencio nos encontramos a nosotros mismos.
ResponderEliminarBesos
Seu texto é uma verdadeira tranquilidade: o silêncio se torna o mar, as ondas sussurram paz e a alma flutua livremente.
ResponderEliminarBoa noite.
Atenciosamente,
Beijos
Veronique
Esplendorosa prosa que de tu mano nos lleva a esos caminos que describes con tanto talento y emoción!
ResponderEliminarPrecioso!
Un beso
Olá, poeta Albino!
ResponderEliminar"Como é bonita a imagem ilustrativa!
E quanto mais avanço, mais percebo que não há chegada".
Verdade!
Gostei muito da condução da ideia tema:
Os abraços que não dei, o amor que não vivi...
Tanto que deixaria de ser e fazer...
Um dia, nos damos conta da nossa limitante caminhada.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos de paz
Deixo-lhe um convite, se desejar ver:
https://www.idade-espiritual.com.br/2025/08/mascaras-sociais-16-anos-do-blog.html
Olá caro A.S.
ResponderEliminarMuito bonitas palavras. Eu particularmente gosto do silêncio, este que da a paz para a mente e a alma.
Muito bom amigo poeta.
Bom final de semana.
Beijo!
"O silêncio é tudo de bom
Das vozes nos faz um dom
Seja meu, seja seu
E seja de todos
Um sussurro que ecoa, então."
Y esa paz me la has transmitido.
ResponderEliminarGracias por ello, Albino.
Abrazo.